Cultura e luta no 1º de Maio da Classe Trabalhadora em Sergipe

 Escrito por: Iracema Corso

 O Ato Cultural de Luta 1° de Maio da Classe Trabalhadora espalhou esperança por dias melhores para as trabalhadoras e trabalhadores de Sergipe e do Brasil. Contra o desemprego, a fome e pelo direito à vida, sergipanos gritaram Fora Bolsonaro ao longo da marcha que saiu da Pça Ulisses Guimarães no bairro Santos Dumont e seguiu até o Bugio.

Na concentração, professoras e professores do projeto SINTESE Cultural envolveram todas e todos numa grande ciranda. Ao longo do percurso, tivemos o show musical com Luquinhas do Cavaco, Daguada, Daniel Nanume, Rafael Oliva, Paulo Groove e Roque Sousa.

Com a força da cultura, lideranças sindicais e do movimento social falaram durante o protesto sobre a difícil realidade enfrentada pela população de Sergipe e do Brasil com a volta da fome, o aumento do desemprego, o preço alto dos alimentos, combustíveis, gás de cozinha e diante da carestia, em geral.

Dados divulgados pelo Dieese referentes a 2021 mostram a realidade do trabalhador brasileiro e sergipano. Conforme o Dieese, Sergipe possui 975 mil pessoas ocupadas, sendo que 47,7% têm trabalho informal e 17,6% é a taxa de subocupação. A taxa de desocupados em Sergipe é de 14,5%, ou seja, um índice de desemprego maior que o índice nacional de 11,1% de desocupados no Brasil.

Entre os anos de 2019 e 2021, o número de sergipanos desalentados (desempregados que desistiram de procurar emprego) saltou de 69 mil pessoas para 109 mil. Metade dos sergipanos ocupados ganha até R$1.100.

Presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), Roberto Silva destacou a importância da união de todas as centrais sindicais, sindicatos e movimentos sociais neste 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador.

“Hoje, viemos no Santos Dumont, bairro operário de Sergipe, rumo ao Bugio, outro bairro de trabalhadores. No Brasil e no mundo os trabalhadores estão nas ruas. Queremos mais emprego, mais democracia e mais direitos. Lutamos pelo direito à vida. Vivemos um cenário em que o governo assassino de Bolsonaro implementa uma política de desemprego e desvalorização do salário, com a inflação galopante. Bolsonaro negligencia a saúde e ataca a democracia. Não podemos arrefecer esta luta”, reforçou Roberto.

O presidente da CUT Sergipe afirmou que os anos da pandemia foram muito difíceis. “Fizemos a luta em defesa da vida dos trabalhadores, enquanto o patronato, junto com Bolsonaro, falavam o tempo inteiro que os trabalhadores tinham que trabalhar de qualquer jeito. O resultado está aí: mais de 650 mil vidas perdidas para a Covid. Em outros países, os trabalhadores ficaram em casa com renda para se proteger da pandemia”, declarou Roberto.

A manifestação foi organizada pela CUT, CTB, CSP-Conlutas, UGT, Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular. Após a manifestação, muitos trabalhadores participaram da Feijoada da Resistência com show de Jaque Barroso no Recanto Camponês, localizado na Rua Santa Luzia, Nº 902, no bairro São José.

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