ATENÇÃO!!

Alexandre Guimarães 


O Sergipe colecionou mais uma derrota na Copa do Nordeste. Desta vez, contra o Náutico por 3x0, no Estádio dos Aflitos, em Recife. Derrota que descarta qualquer chance de classificação para a próxima fase. Infelizmente, o time colorado não conseguiu nenhuma vitória na competição, e até o momento é o único a não vencer. São seis derrotas e um empate, contabilizando apenas um ponto na classificação e se figurando na última posição de toda copa.


Agora as atenções, como os dirigentes planejaram ou, pelo menos, deixam transparecer tal atitude, pelas decisões tomadas para este início de temporada, ficam voltadas exclusivamente para o campeonato sergipano. Diante do cenário, cabe uma indagação: Para que participações focadas no desempenho qualificado em competições de nível nacional, se para alguns dirigentes o campeonato regional é o suficiente para seu clube disputar? Na verdade, nao haveria sentido. Pode até ser que o simples fato de dizer que está na Copa do Brasil, por exemplo, seja apenas uma questão de vaidade e não um motivo de fazer gestão profissional; talvez, o futebol sergipano esteja condenado a não vencer as barreiras, a galgar degraus mais altos; talvez, seja a síndrome do pensar pequeno.


O assunto referente à importância dada, em linhas gerais, às competições nacionais pelos nossos representantes deve ser discutido à exaustão. A indiferença com tais campeonatos não cabe mais no momento em que a excelência é exigida e perseguida nos diversos segmentos e processos da vida. Se não conseguirmos manter um mínimo de qualificação, estaremos condenados ao fracasso. 


O campeonato sergipano deve deixar de ser visto como a principal competição a ser disputada. Lógico que não se pode desmerecê-la e desconsiderar seu valor. Deve-se sim enaltecer a sua importância. Porém, focar nas grandes competições é o caminho para a construção e manutenção de uma estrutura sólida em todos os aspectos, sejam administrativos, sejam financeiros. Os campeonatos nacionais oportunizam aos participantes cotas, que funcionam,por exemplo, como uma injeção financeira no clube.


O pensar pequeno assusta ao ponto de imaginar a possibilidade do estado de Sergipe ter um calendário de apenas um semestre. Uma tônica que pode comprometer, não querendo ser extremista, mas tentando ser realista, a continuidade das atividades futebolísticas. Imagine um cenário deste, em que clubes tradicionais podem encerrar seus trabalhos. Fato, acredito, que para muitos possa ser impossível de acontecer, no entanto, vejo como algo palpável.

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