Psicóloga do Ipesaúde explica nova padronização para quadros de autismo

Lançada em 2019, a nova Classificação Internacional de Doenças e problemas relacionados à saúde (CID-11) começou vigorar desde o último dia 1º de janeiro de 2022. O novo código vem com algumas novidades e atualizações sobre o autismo.

No CID anterior, tinha a possibilidade de ter autismo ou síndrome de aspergem, com classificações diferentes. Agora todos os sintomas relacionados ao espectro autista serão incorporados nos mesmos códigos. A única exceção é a síndrome de Rett ( antigo F84.2), que agora fica sozinha na nova CID 11, com o código LD90.4.

Para a psicóloga do Ipesaúde, Glaucya Santos, os novos códigos servem para padronizar e saber exatamente o que o paciente tem. “A intenção é facilitar o diagnóstico e diferenciar o autismo com ou sem deficiência intelectual e o comprometimento da linguagem funcional, além da gravidade de cada um”, finalizou.

O diagnóstico precoce do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é importante para estimular o desenvolvimento cognitivo, afetivo, emocional e a fala da criança, além disso, melhora a qualidade de vida do autista e de sua família. “Ser autista é uma condição, não é uma doença, logo não tem cura”, disse a psicóloga, reforçando que mesmo diante das limitações de comunicação e interação social, o TEA aprende a lidar com estratégias de sociabilidade sem intervenções terapêuticas.

Autismo na CID-11

6A02.0 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;
• 6A02.1 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;
• 6A02.2 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada;
• 6A02.3 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada;
• 6A02.5 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com ausência de linguagem funcional;
• 6A02.Y – Outro Transtorno do Espectro do Autismo especificado;
• 6A02.Z – Transtorno do Espectro do Autismo, não especificado;
• LD90.4 – Síndrome de Rett.

Segundo Glaucya Santos, com mudança, as subdivisões estão relacionadas a prejuízos da linguagem funcional ou deficiência intelectual. Essa alteração foi criada para facilitar o diagnóstico, evitar erros e simplificar a codificação para promover mais acessos aos serviços de saúde.

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