ERA UMA VEZ A COPA DO BRASIL!

Por Alexandre Guimarães 


A Copa do Brasil mal começou e já se encerrou para o futebol sergipano. Vivemos a competição apenas dois dias. Na terça-feira, com o Lagarto empatando em 0x0 diante do fragilizado Figueirense, no Estádio Paulo Barreto. Para uma classificação, conforme regulamento, haveria a necessidade do alviverde ter vencido o confronto, por estar jogando em casa. E ontem, com a decepcionante desclassificação do Sergipe para o Cruzeiro, quando perdeu por um placar elástico de 5x0. Triste participação dos nossos representantes mais uma vez na competição!


A tal cobiçada Copa do Brasil pelos nossos clubes passa tão rápido que a sensação é de não termos disputado - Conquistamos a vaga, mas, por algum motivo, não foi possível disputá-la. Sinceramente, por gostar muito do futebol sergipano e torcer pelo sucesso dele, fica o sentimento de frustação, mas também de esperança, ou de ilusão (confesso que não está bem definido isso em mim), de que um dia todo esse cenário possa mudar. Um cenário mais leve e otimista, que nos encha de orgulho e de termos a satisfação de dizer que fazemos parte dele.


O interessante é que essas abstrações só se materializariam, algo meio que paradoxal, através de uma mudança de paradigma na gestão dos clubes. Aliás, um pensamento que já se tornou um mantra nos textos que eu escrevo sobre o futebol do nosso estado. Se o modelo de gestão continuar alicerçado e dominado pela abnegação de seus dirigentes, ficará difícil atingir um patamar mínimo de excelência.  Ou se profissionaliza, ou apenas participaremos das competições, com a eliminação pré-anunciada.


A derrota de ontem do Sergipe já se previa pela fragilidade do elenco, já observada na Copa do Nordeste, na qual ainda não obteve uma vitória em cinco jogos realizados, inclusive, infelizmente, a única equipe que ainda não conseguiu vencer na competição. A tônica foi preservada ontem, na Arena Batistão, com erros recorrentes de marcação e de articulação, quando da posse de bola, situações essas mais vistas no segundo tempo, pois a elas se somou o aspecto físico. O time sentiu o volume de jogo estabelecido pelo Cruzeiro.


Copa do Brasil somente no próximo ano, na expectativa de que a participação seja diferente, acompanhada de resultados melhores, e de que a tônica de desempenhos ruins seja desconstruída. Não fiquem simplesmente no desejo de participar, limitando-se à disputa de um único jogo.

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