Técnico: profissão perigo?

Por Alexandre Guimarães

Nos últimos dias, foi grande a saída de técnicos nos clubes sergipanos que disputam o campeonato regional. Quatro equipes ficaram sem técnicos após derrotas no Sergipão 2022.


O fato se repete - a instabilidade desses profissionais em seus cargos. A vinculação da permanência na função com os resultados é recorrente e mostra o quanto o imediatismo no futebol brasileiro suplanta qualquer projeto a médio e longo prazo.


Elias Borges deixou o Sergipe, Edmilson Santos saiu do comando do Frei Paulistano, Nivaldo Baiano do Boca e  Charles de Almeida do Maruinense. Foram esses os profissionais que não estão no comando dos respectivos elencos.


A sensação de que o ciclo não fechou no futebol brasileiro é permanente. Os técnicos não conseguem implantar um trabalho alicerçado, com objetivos e metas bem definidos. 


A Cultura do imediato no Brasil pode ser uma das causas de um futebol enfraquecido do ponto de vista técnico e tático. E a busca de soluções fáceis talvez seja o fator preponderante da importação do trabalho de técnicos de outros países. Lógico que não é uma realidade do futebol sergipano, pelos altos custos, mas, abordando o assunto de forma mais ampla, seja uma hipótese a ser considerada no Brasil.


Quem sabe um dia, a aposta num profissional para realizar um trabalho a médio e longo prazo passe a ser uma realidade e seja uma atitude que contribua de certa forma para a qualificação do futebol brasileiro.

Foto: Infonet 

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